A reposta é muito simples e as razões são várias:
1. Porque a escleroterapia a LASER não funciona tão bem quanto a escleroterapia química, ou seja, aquela escleroterapia em que se utiliza a injeção de produtos esclerosantes.
2. Além de ser menos eficaz do que a escleroterapia química, o uso do laser torna o tratamento muito mais caro. É por esta razão que, atualmente, os tratamento com laser são “complementados” com a escleroterapia química.
3. Ao contrário do que se pensa, a aplicação do laser é dolorosa. A quantidade de disparos de laser, que são dolorosos, para atingir um conjunto de “vasos” é bem maior do que a quantidade de “picadas” na escleroterapia química para esse mesmo conjunto de vasos. Principalmente se for usado um esclerosante no formato de espuma. A espuma tem uma capacidade esclerosante mais intensa do que outros produtos e uma única injeção consegue atingir uma área maior.
Vejam a opinião dos dois mais conhecidos escleroterapeutas norteamericanos. Ambos são dermatologistas (nos Estados Unidos o tratamento das microvarizes raramente é efetuado por cirurgiões vasculares e angiologistas)
Dr. Robert Weiss:
O laser transcutâneo não é a terapia primária para as microvarizes dos membros inferiores. Isto é verdadeiro por várias razões:
- A absorção física da luz do laser, liberando uma dose ablativa de energia térmica para o vaso dificilmente ocorre sem danificar a pele.
- O grau de absorção da luz pela pele é altamente variada de paciente para paciente. De tal forma que, mesmo um especialista muito experiente, pode inadvertidamente provocar queimaduras dolorosas da pele que podem resultar em hiperpigmentação ou despigmentação permanente da pele.
- Para muitos pacientes, os disparos do laser são significativamente mais dolorosos do que as punções com as finíssimas agulhas 30g 1/2 usadas na escleroterapia.
- Muitas microvarizes estão associadas a veias “nutridoras” que precisam ser tratadas antes usando outras formas de tratamento.
Uma vez que a escleroterapia tem um custo benefício melhor do que o laser, quando devemos usar esta terapia? Obviamente, pacientes com fobia de agulha tolerarão melhor esta tecnologia mesmo sabendo que a dor é mais intensa do que na escleroterapia.
Quermos, portanto, deixar claro que não se trata de posição pessoal contra o laser ou contra qualquer outra forma de terapia das varizes e microvarizes.
Trata-se, sim, de uma decisão profissional: a escleroterapia faz tudo o que o laser faz e, por outro lado, o laser está ainda muito longe de fazer tudo o que a escleroterapia faz.
Obviamente, cabe a cada paciente decidir qual a forma de tratamento que mais lhe convém.