No XXV Encontro de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro apresentei a palestra Complicações das Escleroterapias com Espuma.
No Jornal Vascular Brasileiro, Volume 09, Número 04, de Dezembro de 2010, que recebi no início deste mês, lí um Relato de Caso intitulado EMBOLIA ATRIAL DE TROMBO DA VEIA SAFENA MAGNA APÓS ESCLEROTERAPIA COM MICRO ESPUMA ECO GUIADA, de autoria do colega Rubens Pierry Ferreira Lopes e coautores da Faculdade de Medicina do ABC em Santo André(SP). Leia na fonte o caso completo.
Trata-se de um procedimento realizado dentro de todos os cuidados e parâmetros preconizados pelo Consenso Europeu para esta técnica. Mesmo assim a evolução se deu com as mesmas características de uma tromboflebite da Safena Magna com trombo flutuando para a luz da Veia Femoral.
O inusitado do caso é que a embolia para o lado direito do coração se deu no momento em que a ultrassonografia Doppler (USD) de rotina estava sendo realizada, e a migração do trombo pôde ser acompanhada ao vivo e os procedimentos terapêuticos instalados de imediato com o paciente em Unidade de Terapia Intensiva e com um resultado final muito positivo.
O inusitado do caso é que a embolia para o lado direito do coração se deu no momento em que a ultrassonografia Doppler (USD) de rotina estava sendo realizada, e a migração do trombo pôde ser acompanhada ao vivo e os procedimentos terapêuticos instalados de imediato com o paciente em Unidade de Terapia Intensiva e com um resultado final muito positivo.
Um dos objetivos dos espaços oferecidos pelas revistas científicas para os relatos de casos é provocar reflexões.
Me pergunto: e se o evento embólico tivesse ocorrido longe do ambiente médico?
Podemos expor nossos pacientes em tratamento da doença varicosa dos membros inferiores a esse tipo de risco? Ou aos cada vez mais frequentes relatos de acidentes neurológicos cerebrais? Para o nível de benignidade da doença venosa podemos incrementar o rol dos danos colaterais para patamares tão dramáticos?
Me pergunto: e se o evento embólico tivesse ocorrido longe do ambiente médico?
Podemos expor nossos pacientes em tratamento da doença varicosa dos membros inferiores a esse tipo de risco? Ou aos cada vez mais frequentes relatos de acidentes neurológicos cerebrais? Para o nível de benignidade da doença venosa podemos incrementar o rol dos danos colaterais para patamares tão dramáticos?
Já sabemos consensualmente o poder dos esclerosantes no formato espuma.
Precisamos apenas cuidar para o uso que estamos fazendo deles. Trabalho com esses esclerosantes há três décadas mas continuo advogando que as técnicas cirúrgicas continuam sendo as mais apropriadas para os troncos safenos. Afinal de contas boa parte dos cirurgiões vasculares brasileiros já alcançaram o estado da arte no enfrentamento da doença varicosa.
Precisamos apenas cuidar para o uso que estamos fazendo deles. Trabalho com esses esclerosantes há três décadas mas continuo advogando que as técnicas cirúrgicas continuam sendo as mais apropriadas para os troncos safenos. Afinal de contas boa parte dos cirurgiões vasculares brasileiros já alcançaram o estado da arte no enfrentamento da doença varicosa.
As opções do endolaser e radiofrequência também estão encontrando indicações interessantes e sem os danos inaceitáveis para o território cardiopulmonar e cerebral.