quarta-feira, dezembro 25, 2013

Trombose venosa e viagens


A partir dos anos 1950 começaram a ser publicadas informações associando episódios de TVP (trombose venosa profunda) e viagens de longa duração. Tornou-se quase consensual entre os profissionais de saúde considerar de longa duração qualquer viagem, por qualquer meio de transporte, que ultrapasse quatro horas.
Milhões de pessoas em todos os recantos do mundo podem apresentar episódios de trombose venosa e em torno de 1 a cada 10 podem morrer subitamente sem sequer terem sido diagnosticadas.
Este risco pode ser maior entre os que fazem viagens de longa duração, principalmente aqueles que, além da viagem, são portadores de alguns fatores de risco, tais como:


  1. A partir dos 45 anos o risco vai aumentando
  2. Obesidade
  3. Procedimento cirúrgico recente (principalmente procedimentos ortopédicos em membros inferiores)
  4. Pessoas que já tiveram algum episódio ou história familiar de fenômenos trombóticos
  5. Uso de medicamentos hormonais (reposição hormonal, anticoncepcionais)
  6. Portadores de trombofilia
  7. Gravidez
  8. Portadores de câncer
  9. Enfermidades cardíacas severas
  10. Doenças que dificultam a mobilidade


Obviamente, quanto mais fatores de risco existirem, maior a probabilidade da ocorrência de TVP em viagem prolongada.
E, nesses casos, talvez seja interessante ouvir as recomendações de seu médico antes de empreender a viagem programada.


Como regra geral, algumas atitudes preventivas podem ser tomadas durante a viagem:
  • Andar sempre que possível
  • Ingerir bastante líquidos (não alcoólicos)
  • Fazer exercícios de extensão e flexão dos pés para bombeamento das panturrilhas
  • Uso de meias de compressão elástica apropriadas para quem tem um ou mais dos fatores de risco relacionados acima


Medidas medicamentosas devem ser implementadas apenas sob recomendação médica.
As pessoas que costumam dormir por longos períodos durante uma viagem precisam estar atentas para o risco de TVP pois, certamente, estarão negligenciando a necessidade de se movimentar.
Gosto de salientar, muito embora não seja citado entre os fatores de risco, que os portadores de varizes, especialmente aquelas de maior calibre, merecem orientação especial, principalmente quanto ao tipo de meia que deverão usar.
Para quem deseja se aprofundar um pouco mais sobre essa questão sugerimos consultar o LIVRO AMARELO E SAÚDE DOS VIAJANTES (em inglês).